A nova base aérea que a companhia 'low cost' vai instalar em Lisboa irá criar cerca de dois mil postos de trabalho.

A Easyjet anunciou ontem um investimento de 300 milhões de euros na abertura de uma nova base aérea em Lisboa, que deverá criar cerca de dois mil postos de trabalho directos e indirectos.

Esta nova base da companhia aérea low cost britânica é já a vigésima da Easyjet, mas será a primeira em Portugal e a segunda na Península Ibérica, depois de Madrid. A previsão é que fique concluída até ao Inverno do próximo ano, altura em que a companhia pretende começar a operar para mais dez destinos a partir de Lisboa, a somar aos 15 que actualmente já detém.

A transportadora aérea está ainda a analisar quais as cidades que irão ser servidas com as novas ligações, mas a previsão é arrancar com a comercialização destas rotas já a partir da próxima Primavera, como explicou, na conferência de imprensa realizada ontem em Lisboa, a presidente executiva da Easyjet, Carolyn McCall. Em estudo, além de destinos europeus, está também o Norte de África, nomeadamente Marrocos.

Carolyn McCall justificou a escolha de Lisboa para a instalação da nova base da companhia com o facto de Portugal ser "um mercado atraente onde a Easyjet tem crescido sempre e onde o mercado low cost tem ainda muito potencial".

Quando a nova base estiver operacional, o objectivo é que todas as partidas da low cost britânica se realizem no terminal 2 do aeroporto de Lisboa, onde passará a ter uma área exclusiva, estando o terminal 1 destinado às chegadas.

A nova infra-estrutura da Easyjet no aeroporto da Portela irá arrancar com três aviões sediados, número que poderá evoluir até às sete aeronaves, nos cinco anos seguintes, avançou ainda Carolyn McCall. Um dos aviões que já vai estar parqueado na nova base a partir do Inverno de 2011 foi ontem baptizado com o nome de Pride of Lisbon (Orgulho de Lisboa).

Presente na cerimónia, o primeiro-ministro José Sócrates vê no investimento da companhia britânica "um sinal de confiança na economia portuguesa" e "mais turismo" para Portugal, sem esquecer a criação de um importante número de postos de trabalho.

Na opinião de José Sócrates, este é "um investimento estratégico para a economia portuguesa", uma vez que o País ficará com melhores ligações às outras cidades europeias. Considera também que a escolha de Lisboa para a nova base da Easyjet "significa confiança no futuro e o reconhecimento de que a economia portuguesa apresenta sinais claros de recuperação, em particular no domínio do turismo. A este propósito lembrou ainda que os proveitos da actividade turística registaram "uma recuperação assinalável nos últimos meses" e que também o sector do transporte aéreo "mostra sinais de melhoria".

Já o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, igualmente presente na cerimónia, considera que o investimento da Easyjet constitui "uma plataforma de Lisboa com o mundo", e "é sinal de grande confiança na cidade e no seu potencial enquanto destino turístico e local de negócios". Vê também na nova base aérea "um estímulo para toda a região de Lisboa" capaz de atrair outras grandes companhias.